Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!